segunda-feira, 24 de março de 2014

Marcha da Família com Deus pela Liberdade: Guilhotina ou ditadura militar?


MARCOS DANTAS - Isto comprova a FALTA de uma liderança FORTE nos âmbitos municipal, estadual e nacional, e leva 'saudosistas' e aqueles que não conhecem de fato uma ditadura militar, ou desnorteados pela ausência de liderança confiável, ou mesmo por falta das benesses que a ditadura lhes concedia, pedem o que não deviam pedir.

Depois da redemocratização na década de 1980 para cá, ainda não tivemos um governo que durante a gestão ou após esta, não haja indícios, flagrantes, ou denúncias de corrupção. A maioria dos integrantes da classe política nos municípios, estados e federação, está comprometida com a corrupção ativa ou passiva.

Alguns dizem que os executivos e legislativos 'são a cara do povo'. Infelizmente a maioria do povo vota mesmo em desonestos, sabendo que o são, em troca de vantagens das mais variadas possíveis, e razões que a própria razão desconhece. Contudo há os que são em verdade seletivos e querem uma mudança efetiva na forma de se praticar a política como arma administrativa para o bem comum.

Nem tudo, ou nem todos, é lama, ou são fétidos na ‘pirâmide’ política que ‘manda e desmanda’ em favor ou contra a maioria que os consagrou representantes destes. É com essa minoria de políticos ainda confiáveis que o povo brasileiro pode contar para que haja uma justa administração que faça jus à Democracia e que seja de fato um governo do povo para o povo.

Ano passado o Sr. Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) criticando a impunidade disse “o povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele próprio - Se não, ia faltar guilhotina para a bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”...

Certamente que Alckmin devia estar se referindo à Revolução Francesa entre 1789 a 1793 surgida pela patente desigualdade social que imperava naquele país que vivia em um enorme abismo sócio-econômico que separava a nobreza do restante do povo. Havia injustiça até mesmo na hora da execução de um condenado, de acordo a sua origem social. Enquanto os nobres podiam ser apenados à espada (etc), e a classe popular era esquartejada, ou queimada viva. Da nobreza, as famosas ‘vítimas’ da guilhotina foi o próprio rei Luis XVI e Georges Danton, um dos líderes populares da revolução.

Em se tratando do Brasil, em que vale ressaltar, o abismo que existe entre a classe política dominante, e o povo, no que diz respeito aos privilégios, é de se comparar à realidade vivida pelos franceses no Século XVII. Mas daí, em retroceder e clamar pela volta do regime militar, ou, radicalizar com a implantação da guilhotina, lembrada e, supostamente sugerida pelo Sr. Alckmin, seria no mínimo irracional, pra não dizer desastroso. Embora, se se consultar a população dando as opções entre a ditadura militar e a guilhotina, é quase certo que a invenção do médico político Joseph Ignace Guillotin seria a vencedora.