terça-feira, 6 de março de 2012

‘Ejaculação’ Feminina - Mito ou realidade?



“Ejaculação feminina pode não ser mito, mas pouquíssimas mulheres conseguem”. Afirma a ginecologista e terapeuta sexual Glene Rodrigues. Segundo ela, 30% das mulheres tem a capacidade de expelir líquido pela vagina quando devidamente estimuladas, reflexo de um orgasmo. “Embora o assunto ainda seja bastante discutido na área médica”.

Neste sentido a literatura médica e as pesquisas científicas são escassas e não muito conclusivas, “sabe-se que a ejaculação feminina nada mais é que excreção pela uretra de líquidos produzidos pelas glândulas de Skene, também conhecida como próstata feminina ou glândulas parauretrais”, declara a Drª Glene.

Aí entra a lenda urbana chamada de ‘ponto G’ “que ao ser estimulado, aciona as glândulas de Skene e elas podem expelir pela uretra um líquido viscoso, composta de fluídos prostáticos, PSA (o hormônio produzido pela próstata masculina), frutose e em alguns casos, um pouco de urina. Existe ainda o conceito de ejaculação retrógrada, onde muitas mulheres sofrem a estimulação, produzem o líquido, mas ele não é expelido e, sim, volta. E é jogado fora pela urina”, explica a terapeuta.

Para a especialista, além de rara, a ejaculação feminina sofre o preconceito de homens e mulheres por ser confundida com o ato de urinar. “Assim, muitas garotas travam o processo no orgasmo achando que o clímax está provocando uma vontade absurda de fazer xixi. O tabu da ejaculação feminina envolve questões psicológicas, biológicas, sociais e até o grau de intimidade do casal para se permitir tentar chegar ao feito ou encará-lo como um complemento do orgasmo ao invés de algo nojento”, pondera.

“Mesmo sem comprovação científica e com todas as barreiras apontadas, existem alguns passos para se tentar fazer a parceira ejacular. Podem dar certo ou não, mas de qualquer maneira a experiência pode ser até interessante como um jogo de prazer a dois”, aponta Glene Rodrigues.

É preciso um clima de cumplicidade, paciência, além de confiança em si e no parceiro. “As mulheres que têm orgasmo vaginal necessitam de estímulo adequado para que isso ocorra, especialmente se essa mulher for parte das 30% que tem facilidade para a ejaculação”, observa a ginecologista.

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