domingo, 28 de abril de 2013

Enquanto isso na sala de ‘in-justiça’ da CDH e Minorias...



...EM CAMPANHA POLÍTICA ‘SE FAZ O DIABO’. ASSIM SENDO, QUEM NÃO TIVER PECADO, QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA...

MARCOS DANTAS - É mesmo que ‘cantiga de grilo’ o que já se ouviu falar do pastor/deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Referido deputado que era apenas conhecido por seus eleitores no colégio eleitoral paulista e por membros de uma das vertentes da igreja (Assembléia de Deus) a qual faz parte, depois que foi eleito presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, ganhou notoriedade ‘gratuita’ em todo Brasil e, fora dele, pela sua postura controvertida frente a uma Comissão ‘espinhosa’ de ser presidida especialmente para quem tem pontos definidos dentre outros temas “união civil de pessoas do mesmo sexo”, “negritude”, etc...

Entre tantas falas e ‘desfalas’ do Marco Feliciano destaca-se a que ele se justifica afirmando que uma coisa é ele falando como (deputado) presidente da CDH e Minorias, e outra coisa é ele falando como pastor... se é possível separar o homem de suas falas de acordo o seu ofício do momento então não sei por que de tanta falação sobre quem depois do seu envolvimento com os percalços com tal Comissão, ostenta mais notoriedade que a presidente Dilma e outros pré-candidatos ao Planalto em 2014. Injustiças à parte, este artigo cita o nome do deputado nada menos que onze vezes, e assim ele ganha mais um ponto...

A CDH e Minorias é uma bucha de canhão, e os partidões ratearam as comissões ‘mais importantes’ entre si, restando justamente a de Direitos Humanos (importante para a MAIORIA das MINORIAS) para o PSC do Feliciano. Aí começou a ‘ladainha’ sem fim. Não defendo e nem acuso o pastor/deputado Marco Feliciano, até porque ele tem o direito de está presidente da Comissão, pois fora eleito ‘rateadamente’, digo, democraticamente pelos seus pares lá em Brasília. Admirei sua firmeza em dizer que renunciaria seu direito de dirigir a CDH e Minorias, se também os ‘mensaleiros condenados’ renunciassem seus postos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Ponto para o Feliciano!

Do lado de cá, por trás do teclado do meu PC, frente a esta tela fria do monitor, continuo me perguntando o quê faz um pastor metido com a política. Será que querem ‘religiosijar’ a política, ou ‘politicalizar’ a religião? Essa prática tem demonstrado ao longo do tempo que as duas versões são fatos. Porém, isto não seria tão escandaloso se não fosse a mistura, a mística que se cria em torno de nomes de ‘escolhidos’ como se fossem salvadores ungidos da pátria, ávidos ou bem pagos para defenderem a denominação ‘a’ ou ‘b’ através dos palanques, digo púlpitos, nestas igrejas que estão mais para votação que evangelização. O DEUS criador dos Céus e da Terra (Gênesis 1:1) carece de bancada evangélica para defender ou respaldar a sua Obra?

Contudo, pelo sim, pelo não, o até outro dia desconhecido Marco Feliciano que engrossava o número de deputados que compunha a ‘bancada evangélica’ virou manchete em todos os noticiários. O que de início parecia o fim da sua neo-carreira política, fritado pela pressão dos grupos representativos das minorias, isto se tornou a alavanca de sucesso para o marketing político do deputado que, igualmente o número de defensores do casamento entre sexos iguais, e ‘pedem a cabeça’ de Feliciano, também o número de religiosos que defendem a irreversível posição do presidente da CDH e Minorias em não renunciar ao cargo, e ainda avalizam suas declarações consideradas homofóbicas e racistas, talvez supere em número contrário à permanência de Feliciano na Comissão.

Enquanto a população se distrai com a digladiação entre ‘as minorias’ e os evangélicos, os atos duvidosos da maioria, a barganha política ascende por trás das cortinas no centro do poder em Brasília. Quanto aos projetos, as discussões na Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, ficam em segundo, terceiro, ou quarto plano; o que importa é o PSC ou seja lá que ‘p’ fosse, continuar sentado no trono, possesso pelo poder em detrimento às causas públicas. O partido e o deputado visualizaram rapidamente que o lucro com o debate que ganhou proporções negativas e que logo fora convertida em fator positivo (marketing) sobrepõe os anseios e o direito de cada um(a) fazer o que bem entender da sua vida, bem como o próprio Feliciano e todos que pensam igual a ele, também de pensarem e acreditarem assim.

O que não pode é, as parcelas da sociedade envolvidas nesta ‘batalha’ entrarem no ringue enquanto Feliciano e mais 512 colegas (raríssima exceção) se locupletam na orgia política que o cargo lhes proporcionam e que todos sabem da mordomia em que esses representantes do povo (maioria pobre) vive na capital federal. Aliás, a orgia política contaminou geral, pois faltando praticamente dois anos para as eleições de 2014, a campanha política se não ganhou as ruas ainda, porém a mídia nacional já virou palanque dos tais; mas como disse a própria presidente Dilma, em campanha política ‘se faz o diabo’. Assim sendo, quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra, tanto em Feliciano, quanto nas minorias que buscam apoio nos Direitos Humanos e nos que necessitam da tramitação de processos na CDH para terem seus problemas resolvidos.

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