quinta-feira, 12 de julho de 2012

Super-patetas patéticos, quase todos contra o ‘Demo’



MARCOS DANTAS - É assim que me vi e vi o plenário do Senado da República Brasileira enquanto almoçava e assistia o apelo desesperado do então senador Demóstenes Torres (Ex-DEM/GO), minutos antes da ‘guilhotina’ decapitar o seu mandato.

Ouvindo e medindo suas palavras em defesa própria, confesso que cheguei a quase me convencer que o ‘paladino’ da justiça representando o povo goiano no senado, realmente sofria uma injustiça.

Minha filha perguntou o que eu achava de tudo aquilo... titubeei e disse: - ele é culpado uns setenta por cento... para meu alívio, sei lá, em seguida veio a patética sentença proferida pateticamente pelo presidente do Senado. Cassado!

Como toda novela, desde as mau-exemplares globais até as dramáticas mexicanas são recheadas de dramas, mentiras, injustiças, e um fundo de verdade. Também não pude deixar de admirar(?) a persistência da ‘vítima’, digo, de Demóstenes que, poderia ter renunciado ao mandato, como fizera o Jader Barbalho, o ACM, etc... sem precisar passar, como ele mesmo disse, pela trituração da mídia e dos ‘algozes’ e nobres colegas senadores sedentos por fazerem justiça e livrarem o nome da Casa da enxurrada lamacenta do Cachoeira.

Demóstenes comparou-se e a mulher vagabunda, a cão sarnento e por fim, disse ser um bode, bode expiatório. Mas também chamou os colegas que o ‘degolaria’, de Pilatos (após lavar as mãos). Daí olhei pelo close da TV as caras de alguns senadores de fisionomias carrancudas e de homens justos... então pensei, em que são diferentes do Demo, senão no nome, na estatura, idade, formação... vi o nome do senador Collor (ex-presidente impitimado) teria ele votado pelo sim ou pelo não?

Super-patetas! Somos todos. Do lado de cá o povo que cobra dignidade, do lado de lá uma pequena parcela do mesmo povo (com privilégios, nobríssimos salários) fazendo a dignidade, ainda que pelo voto secreto. Mas o medo do SIM e do NÃO os torna tão covardes e patéticos quanto a qualquer criminoso comum.

A sensação de justiça foi logo imediata, talvez como a do gol decisivo para o título do time que se torce naquele campeonato, ou mesmo o saciar da fome no dia de hoje. Porém, novos campeonatos virão, precisar-se-á de mais gols; dias mais a frente virão, e com eles a necessidade de mais comida para saciar a fome.   

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