MARCOS DANTAS - É assim que me vi e vi o plenário do Senado da República
Brasileira enquanto almoçava e assistia o apelo desesperado do então senador
Demóstenes Torres (Ex-DEM/GO), minutos antes da ‘guilhotina’ decapitar o seu
mandato.
Ouvindo e medindo suas palavras em defesa própria, confesso
que cheguei a quase me convencer que o ‘paladino’ da justiça representando o
povo goiano no senado, realmente sofria uma injustiça.
Minha filha perguntou o que eu achava de tudo aquilo...
titubeei e disse: - ele é culpado uns setenta por cento... para meu alívio, sei
lá, em seguida veio a patética sentença proferida pateticamente pelo presidente
do Senado. Cassado!
Como toda novela, desde as mau-exemplares globais até as
dramáticas mexicanas são recheadas de dramas, mentiras, injustiças, e um fundo
de verdade. Também não pude deixar de admirar(?) a persistência da ‘vítima’,
digo, de Demóstenes que, poderia ter renunciado ao mandato, como fizera o Jader
Barbalho, o ACM, etc... sem precisar passar, como ele mesmo disse, pela
trituração da mídia e dos ‘algozes’ e nobres colegas senadores sedentos por
fazerem justiça e livrarem o nome da Casa da enxurrada lamacenta do Cachoeira.
Demóstenes comparou-se e a mulher vagabunda, a cão sarnento
e por fim, disse ser um bode, bode expiatório. Mas também chamou os colegas que
o ‘degolaria’, de Pilatos (após lavar as mãos). Daí olhei pelo close da TV as
caras de alguns senadores de fisionomias carrancudas e de homens justos...
então pensei, em que são diferentes do Demo, senão no nome, na estatura, idade,
formação... vi o nome do senador Collor (ex-presidente impitimado) teria ele
votado pelo sim ou pelo não?
Super-patetas! Somos todos. Do lado de cá o povo que cobra
dignidade, do lado de lá uma pequena parcela do mesmo povo (com privilégios,
nobríssimos salários) fazendo a dignidade, ainda que pelo voto secreto. Mas o
medo do SIM e do NÃO os torna tão covardes e patéticos quanto a qualquer
criminoso comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário