sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

‘HUMANIZAÇÃO DOS MÉDICOS JÁ!’


Solidarizo-me com as palavras prefeito Marcão, de Aragarças/Goiás sobre o perfil ‘duro’ da maioria dos médicos que atendem nas unidades de Saúde no Município. Queira-se ou não, o médico lida diretamente com sentimentos, com pessoas naquele instante carentes desse ‘cafuné’ que poderíamos nomeá-lo de ação humanista, aliás, acredito que o que falta é humanismo em diversas profissões e, em especial à maioria dos profissionais da saúde.

Esta relação humanista deveria ter maior conotação desde a faculdade, embora sabemos que ‘ser humano’ faz parte também de uma educação de berço, onde se deve ensinar e praticar a solidariedade, o respeito, o sentimento de compaixão que se exerce até pelos animais irracionais.

Quanto aos 30 salários mínimos (R$ 18.660,00) mensais podem até fazer justiça pelo nobre trabalho de salvar vidas, ou mesmo amenizar o sofrimento pelas dores. Os médicos, em uma região como o extremo oeste de Goiás, são profissionais objetos de maior demanda, levando-se em consideração as regiões melhor desenvolvidas. Visto que o investimento na formação, bem como na atualização de conhecimentos, é um custo que poucas famílias brasileiras podem arcar e verem seus filhos cursando medicina.

O governo federal bem que tenta com alguns incentivos satisfazer a demanda por médicos nos municípios do interior, porém o programa não trouxe a resposta exigida pelas populações que dependem do SUS. Até porque médicos especialistas ainda são bem mais raros que os clínicos gerais. O sonho de criança em ser médico(a) para ajudar quem precisa no momento de dor, se acaba quando este nobre sentimento é substituído pela ambição erguida sob ótica do quanto ‘posso conquistar agora com 30 salários mínimos’. Mas a culpa é da ciranda capitalista que desde a faculdade impregna nas mentes e corações dos jovens estudantes (maioria) que conscientes sabem que ali é um campo para ricos...

A saída seria o “médico comunitário”. Aqueles(as) alunos(os) da escola pública (ensino médio) por regional da saúde que, após avaliação minuciosa de sua aptidão profissional, teria a garantia por convênio entre municípios, estado e federação, de uma bolsa nas faculdades (federal) de medicina. Em troca, esses profissionais, além do estágio remunerado em seus municípios de origens, teriam ainda o direito da pós-graduação, especialização e até o doutorado; para por (x) anos prestarem serviço nos hospitais da regional da saúde que são oriundos.

A ideia é que esses jovens não perdessem os laços afetivos com o seu povo, e assim esse ‘cafuné’ aí citado, ele seria tão simples e corriqueiro que o nosso povo seria até mais saudável pelo aconchego e a segurança de ser atendido pelo menino, pela menina, pelo rapaz, pela moça que se viu crescer na comunidade...

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