quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Seria bom ‘EXI(J)IR’ que candidatos saibam o que falar e o que querem


                                                      Marcos Dantas

Com vistas a se evitar gafes como a que o deputado estadual Túlio Isac (PSDB/GO) cometeu, o eleitorado deve estar atento neste ano de eleições municipais onde serão eleitos prefeitos e vereadores, a não votar em candidatos que não saibam o que estão falando, por exemplo, criticar professores por exigirem com ‘G’ quando o certo(?) seria com ‘J’, disparate do referido parlamentar no afã de defender os interesses do governo que representa na Assembleia Legislativa, ou seria Lejislativa? Ah, deixa pra lá, não importa, ele foi eleito mesmo...

Mas o verdadeiro perigo que ronda as casas executivas e legislativas não consiste na troca do G pelo J, do Z pelo S, ou vice-versa... escrita ou na fala truncada, mas no conhecer as máquinas administrativa e legislativa que são movidas pelo dinheiro público. Não se requer do candidato apenas a noção mínima do falar audível ou da escrita legível, entendível; mas a noção de administrar ou legislar e fiscalizar bem para e em nome da coletividade. Não se pode delegar poderes pelo voto a qualquer candidato(a) porque “quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” Certamente que a regra vale também para mulheres.

Antes da boa audibilidade na fala e legibilidade na escrita do proponente à gerência das prefeituras ou a ocupação de uma das cadeiras nas câmaras de vereadores, há um caráter a ser observado e provado para que, posteriormente, estando o eleito prefeito ou vereador, não confunda a gestão pública, o bem comum como se fosse sua propriedade. Ou troque o mandato decorrente do voto pela moeda corrente, como se estivesse em um balcão de negócios defendendo interesses próprios ou de grupos ‘donos’ do seu diploma com data de vencimento. O candidato desde agora deve dar mostras de saber o que quer e o que falar...

Personalidade séria, respeitosa para com o erário é bom e não faz mal a ninguém, especialmente aos cofres públicos. Por isso deve-se, entre outras coisas, o eleitorado fazer um levantamento histórico da vida profissional e moral dos candidatos, assim ajudará a manter distante do dinheiro público homens e mulheres de mentes corrompidas pela ganância e desejo de poder pelo poder... Há que se exigir (com G mesmo) o compromisso dos vereadores para com a coletividade. Que elabore ou aprove projetos que sejam do interesse coletivo e que não troquem apoio ao executivo por empregos para cabos-eleitorais.

Senhores candidatos a vereadores, se um dia tiver que, da tribuna, defender ‘seu governo’ ou ir de encontro à vontade popular, saiba o que e como dizer, não exi(j)a de ninguém aquilo que você não tem. Quanto aos candidatos a gestores públicos, o povo lhes dará um mandato e não um mandado para ‘busca e apreensão’ do direito de se exigir (com G) que se governe bem e de fato para a maioria. A Democracia não pode e nem deve ser pervertida (em todos os âmbitos da administração pública), e se transforme em ‘democratite’ que contagia e amputa a Ordem e o Progresso, descritos na Bandeira Brasileira.

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